EDUCAÇÃO, ESTUDOS

Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? 1 Coríntios 1:20.

Ninguém se engane a si mesmo; se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astucia. 1 Coríntios 3:18-19.

Instruímos a nossos jovens na lição do temor de Deus... Que nossos filhos sejam participantes da instrução que é em Cristo; que aprendam que a humildade de coração prevalece ante Deus, que o amor casto tem poder ante Deus, que o temor de Deus é bom e grande e salva a todos os que andam nele em pureza de coração e santidade. Clemente de Roma (30-100 d.C.)

Não levantes tua mão de teu filho ou de tua filha, senão que, desde sua juventude, lhes ensinarás o temor do Senhor. Barnabé (70-130 d.C.)

Não deixes da mão a educação de teu filho ou de tua filha: desde sua infância ensina-lhes o temor de Deus. Didaquê (80-140 d.C.)

(Os cristãos) não possuem nenhuma invenção descoberta pela inteligência ou estudo de homens engenhosos, nem são mestres de algum dogma humano como são alguns. Epístola a Diogneto (125-200 d.C.)

Entre nós (os cristãos) facilmente poderão encontrar pessoas singelas, artesãos, que se de palavra não são capazes de mostrar com razões a utilidade de sua religião, mostram com as obras que fizeram uma boa eleição. Porque não se dedicam a aprender discursos de cor, senão que manifestam boas ações: não ferem ao que os fere, não levam aos tribunais ao que lhes despoja, dão a tudo o que pede e amam ao próximo como a si mesmos. Atenágoras (175 d.C.)

Não estou acostumado a escrever nem domino a arte de falar; mas impulsionado pelo amor, exponho a ti e aos teus as doutrinas que até agora se mantinham ocultas e que pela graça de Deus agora saem às claras: “Nada há escondido que não se descubra, e nada oculto que não chegue a saber-se.” Irineu (180 d.C)

Suplico-te que não me peças que te escreva com uma arte que não aprendi, porque vivo entre os celtas e de ordinário tenho que me expressar numa língua bárbara; nem tenho a facilidade de um escritor, pois não me exercitei; nem sei falar com discursos elegantes ou persuasivos; senão que te suplico recebas com amor o que escrevi com amor, de maneira singela, sem mais enfeites do que a verdade e a sinceridade. Irineu (180 d.C)

Pois é melhor e mais proveitoso para um ser ignorante ou de pouca ciência, se acerca a Deus pelo amor para seu próximo, que se imaginar saber muito e ser erudito em muitas coisas até blasfemar de Deus inventando a outro Deus e Pai. Por isso Paulo exclamou: “A ciência infla, o amor edifica”… Melhor do que procurar a ciência é não conhecer outra coisa senão a Jesus Cristo o Filho de Deus crucificado por nós, em vez de pesquisar questões subtis até cair na impiedade e no vão palavreado. Irineu (180 d.C.)

Uma mente sã e piedosa que ama a verdade, sem perigo algum põe a capacidade que Deus concedeu aos seres humanos ao serviço da ciência, e com um constante estudo poderá progredir em seu conhecimento das coisas. Por estas quero dizer aquelas que dia depois de dia sucedem ante nossos olhos, e também aquelas que as palavras da Escritura tratam em forma aberta. Por isso se devem interpretar as parábolas sem métodos ambíguos: quem desta maneira as entende, não correrá perigo, e todos devem explicar as parábolas de modo semelhante. Irineu (180 d.C.)

Muitos povos bárbaros dão seu consentimento a esta ordenação, e acreditam em Cristo, sem papel nem tinta em seu coração têm escrita a salvação pelo Espírito Santo, os quais com cuidado guardam a velha tradição, acreditando em um só Deus… Quantos sem letras acreditaram em esta fé, são bárbaros segundo nosso modo de falar; mas quanto a seu Juizo, costumes e modo de viver, são sábios na fé e agradam a Deus, ao viver com toda justiça, castidade e sabedoria. Irineu (180 d.C.)

Os hereges pensam além dos limites do pensamento. Por isso diz o Apostolo: “Não saibam além do que se deve saber, senão segundo a prudência” Irineu (180 d.C.)

Empreende comigo a busca do bem. Todos os homens, e de maneira particular os que se dedicam ao estudo, estão empapados de certas gotas de origem divina. Clemente de Alexandria (195 d.C.)

Porque a educação recebida dos pais, como a chamam, passa com facilidade; mas a formação que vem de Deus é uma posse que permanece para sempre... Nosso maestro é Jesus, Deus santo, Logos condutor da humanidade inteira. O mesmo Deus que ama aos homens se faz mestre. Clemente de Alexandria (195 d.C.)

Agora bem, já que Cristo veio do céu a nós, parece-me a mim que já não devemos ir a nenhuma outra escola humana, nem temos de afanar-nos por ir a Atenas ou a qualquer outro lugar de Grécia, muito menos de Jonia. Clemente de Alexandria (195 d.C.)

Fique-se para Atenas esta sabedoria humana, manipulador e adulteradora da verdade, por onde anda a múltipla diversidade de seitas contraditórias entre si com suas diversas heresias. Mas, que tem que ver Atenas com Jerusalém? Que relação há entre a Academia e a igreja? Que têm que ver os hereges e os cristãos? Nossa escola é a do pórtico de Salomão, que ensinou que tinha que procurar ao Senhor com simplicidade de coração. Tertuliano (197 d.C.)

A mão do criador tem impresso no coração do homem um duplo instinto que lhe leva a procurar com esmero a piedade e a sabedoria; mas o erro dos homens vem de que separam a uma da outra, e abraçam a piedade sem estudar a sabedoria, ou se aplicam a seu estudo sem ocupar-se da piedade, quando a uma dever marchar com a outra. Lactâncio (304-313 d.C.)

Falando daquele que ensina os fundamentos da vida e molda a vida de outros, faço a pergunta: ‘Não é necessário que ele mesmo viva de acordo com os fundamentos que ensina?’ Se não vive de acordo com o que ensina, seu ensino resulta nula… Seu aluno lhe contestará assim: ‘Não posso fazer o que você me ensina, porque é impossível. Ensina-me a não me enojar. Ensina-me a não cobiçar. Ensina-me a não luxuriar. Ensina-me a não temer o sofrimento e a morte. Mas tudo isto está muito contrário à natureza. Todos os homens sentem estes desejos. Se você está convicto de que é possível viver contrário aos desejos naturais, primeiro permita-me ver seu exemplo para que eu saiba que em verdade é possível.’…Como poderá [o maestro] tirar este pretexto dos obstinados, a não ser com seu exemplo? Só assim poderão seus alunos ver com seus próprios olhos que o que ensina é em verdade possível. É por isso mesmo que ninguém vive de acordo com os ensinos dos filósofos. Os homens preferem o exemplo a só palavras, porque fácil é falar, mas difícil atuar. Lactâncio (304-313 d.C.)

VER TAMBÉM FILOSOFIA; FILHOS

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